O presidente Lula (foto/reprodução internet) disse ontem, ao desembarcar em Belo Horizonte, que quer “resolver logo” e tirar da pauta a renegociação das dívidas de estados que devem à União. Ele disse que o assunto deve ter um desfecho nos próximos dias. Lula aproveitou para fazer um gesto em direção ao presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao afirmar que o parlamentar mineiro conduz o debate para a construção de um projeto de lei que possa firmar um novo tipo de renegociação das dívidas. Além de Minas, que tem uma dívida de mais de R$ 160 bilhões com a União, aguardam a proposta de renegociação da dívida os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Sul, que teve o pagamento da dívida suspenso por três anos devido às enchentes.
Em Contagem
O presidente Lula esteve ontem em Contagem, em seu primeiro compromisso de agenda no estado, no canteiro de obras da Avenida Maracanã. A agenda é a primeira de Lula desde o início do terceiro mandato em Contagem, cidade administrada pela petista Marília Campos, que é o maior colégio eleitoral gerido pelo partido no Brasil. Acompanham o presidente em sua comitiva em Minas, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, os ministros das Cidades, Jader Filho, das Minas e Energia, Alexandre Silveira, da Saúde, Nísia Trindade, dos Transportes, Renan Filho, e da Cultura, Margareth Menezes. Hoje o presidente tem agenda, pela manhã, em Belo Horizonte. O evento está marcado para o Minascentro às 10h. Na reunião o presidente fará uma série de lançamentos do governo federal com investimentos nas áreas de saúde, cultura e infraestrutura urbana. Ele deverá ainda anunciar o PAC Patrimônio Histórico, um pacto pelo trabalho decente no setor de energia elétrica e mineração, e a assinatura de contratos para obras de linhas de transmissão no valor de R$ 3,5 bilhões. Depois segue para Juiz de Fora, cidade administrada pela petista Margarida Salomão, onde inaugura obras.
O novo leilão da 381
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na visita a Contagem, que o novo leilão da BR-381 não vai “dar vazio” como da última vez porque a “proposta é boa” desta vez, segundo ele. “A gente vai fazer o leilão da 381 e não vai dar vazio porque a proposta é boa e o trecho mais difícil até João Monlevade será feito com o dinheiro do Orçamento”. A tentativa de conceder o trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares se arrasta há mais de 10 anos. A 1ª tentativa, em 2013, no governo Dilma Rousseff (PT), não teve interessados. Na nova versão da oferta, a ANTT reduziu em cerca de R$ 1 bilhão os investimentos necessários. Agora, as obrigações na concessão somam R$ 9 bilhões. Isso porque o governo federal assumiu executar 2 lotes de duplicação para reduzir o montante do aporte privado necessário.