Foram três horas de reunião entre o presidente Lula, a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva (foto/reprodução internet) e a dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. Em pauta, a polêmica criada em torno da decisão do Ibama em não conceder aval a Petrobras para prospectar petróleo na foz do rio Amazonas. A questão ambiental é a principal bandeira de Lula no mercado internacional e essa polêmica mostrou que o assunto ainda é indigesto para o governo. Apesar de não ter um relacionamento fácil com Marina Silva, exonerá-la pode trazer mais desgastes para o seu governo, que se mostra confuso e enfraquecido nesses quase seis meses, desde que tomou posse no dia 1º de janeiro. O que chamou a atenção após o encontro, foi que foram convocados para conversar com a imprensa não Marina ou Sônia Guajajara, mas os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Secom, Paulo Pimenta, o líder do Governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), e o líder na Câmara, José Guimarães (PT). Marina saiu do encontro dizendo que levou uma ferroada de arraia, mas permanece no cargo para resistir. Uma demonstração de que esse foi um encontro indigesto.
Tratoraço
Com aval do governo para o tratoraço ambiental, o Congresso esvaziou o ministério do Meio Ambiente, afrouxou o Código Florestal e acelerou o marco temporal. O relatório que esvazia o Ministério do Meio Ambiente, de Marina Silva, teve voto favorável de quatro parlamentares petistas. Nesta quinta, a ministra falou em “resistir” diante do revés. Na reunião de ontem com o presidente Lula, ficou acertado que o Palácio do Planalto vai trabalhar no Congresso Nacional para devolver aos ministérios de Marina Silva e Sônia Guajajaras, o que foi tirado na Câmara Federal.
