Ao admitir que “infelizmente Lula terá de ser candidato” em 2026, Gleisi Hoffmann (foto/reprodução internet) não revela apenas uma constatação, mas o fracasso de toda uma geração política. A esquerda brasileira, estagnada e órfã de ideias novas, tornou-se refém do próprio líder que sabota qualquer renovação. O culto à figura de Lula é tão sufocante que até seus “herdeiros” foram reduzidos a postes, alguns úteis, mas substituíveis. Falta projeto, sobra dependência. Sem o ex-presidente Jair Bolsonaro no páreo, o discurso do medo perde força, e a retórica da “defesa da democracia” já não empolga. A esquerda se apequena, presa a um passado mitificado e sem fôlego para disputar o futuro. Se não ousar se reinventar, restará como seita, barulhenta, mas politicamente estérea.