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Lula sobre o palanque em encontro da CUT diz que foi salgado como Tiradentes

Paulo César de Oliveira
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O ex-presidente Lula da Silva (PT) reafirmou sua inocência nas ações penais da Lava Jato nesse sábado em ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Rio. “Por que eu iria envergonhar milhões de brasileiros, a quem reverencio todos os dias? Eu não estou acima da lei, mas o juiz também não está. Já provei a minha inocência, quero que provem que tenho R$ 1 que não é meu. Querem criminalizar a esquerda e o PT. Vou brigar para ser candidato em 2018 e vou mostrar que esse país vai voltar a sorrir, a ter a Petrobrás, a ter indústria naval”, afirmou. O novo discurso de campanha de Lula (foto) foi na plenária da CUT, realizada na quadra do Império Serrano, escola de samba fundada por sindicalistas em 1947, na zona norte do Rio. Participam do ato centenas de pessoas, entre sindicalistas, militantes e moradores da região, que gritaram o nome dele como presidenciável em 2018.

 

O batido discurso de que não querem que Lula volte

Lula fez um discurso de cerca de meia hora em que criticou as reformas do governo Michel Temer (PMDB), repetiu a intenção de regular a imprensa se for eleito e anunciou sua caravana pelo Nordeste. “Esse país voltou a ser o que sempre foi, e que mudou com a gente. Todo o objetivo dessa perseguição ao PT, essa reforma da Previdência e trabalhista, tudo é para tentar destruir o que conquistamos há mais de 60 anos. Querem evitar que o Lula volte. Não têm competência para fazer o Brasil crescer, o que nós provamos que sabemos fazer. Tivemos a Previdência superavitária. A falta de dinheiro na Previdência é resultado da incompetência dessa gente que está hoje destruindo o País”, afirmou. “Muitos coxinhas agora não estão batendo mais panelas, e sim batendo a cabeça, porque não sabem mais o que fazer.”

 

A proposta de controle da imprensa

Lula voltou a criticar os meios de comunicação. “Eu nem vejo mais televisão, nem leio mais jornais, porque todo dia é uma desgraceira contra o Lula. Querem que a sociedade esqueça que o lula existiu”, disse. Em seguida, comparou-se a Tiradentes. “O engano deles é achar que existe um ser humano insubstituível. Em 1792, mataram Tiradentes, esquartejaram ele, salgaram ele, para que ninguém nunca mais pensasse em independência no Brasil. O problema deles não é o Lula, eles estão enganados. É enfrentar as milhões de pessoas que querem ter direitos”, criticou, acrescentando que também foi “esquartejado” e “salgado”. No palco, ao lado do ex-presidente o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem terra (MST), João Pedro Stédile fez discurso contra o presidente Michel Temer (PMDB) e o juiz Sérgio Moro. Stédile disse que “é mais fácil o povo prender Moro do que Moro prender Lula”. Com informações do Estadão

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