Nicolás Maduro(foto/reprodução internet) foi empossado nesta sexta-feira, para o terceiro mandato consecutivo na Venezuela, apesar de evidências de que Edmundo González Urrutia, ex-diplomata exilado na Espanha, teria vencido as eleições. A posse, realizada pela Assembleia Nacional controlada pelo governo, ocorreu sob protestos em Caracas, onde a oposição denuncia repressão violenta, incluindo a breve detenção da ex-deputada María Corina Machado, proibida de disputar cargos públicos. Organizações internacionais condenaram a falta de transparência e a violência estatal, que resultou em mais de 20 mortes e milhares de detenções. Apesar da contestação global e da publicação de atas que indicam a vitória de González, o tribunal supremo venezuelano ratificou a vitória de Maduro sem apresentar provas conclusivas.
O Ministério das Relações Exteriores enviou para a posse a embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira. No entanto, até o momento, o governo brasileiro não reconheceu a vitória de Maduro. No ano passado, o presidente Lula chegou a declarar que o venezuelano “deve uma explicação à sociedade” sobre o processo eleitoral.