O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), no exercício da presidência da República, se recusou a assinar uma Medida Provisória para aumentar a tributação de fundos de investimentos. A equipe econômica queria acelerar a edição da MP e o envio ao Congresso de projetos de lei que ajudariam a cumprir as metas fiscais de 2017 e 2018 -ambas com déficit de R$ 159 bilhões-, com cortes de despesas e aumento de arrecadação. Maia (foto), entretanto, evitou despachar qualquer medida que aumente a carga tributária -em especial a MP que muda a tributação dos fundos de investimento exclusivos, mantidos por grandes investidores. Essa alteração poderia gerar R$ 6 bilhões para o caixa do governo. Em reunião com integrantes da equipe econômica de Temer nesta semana, Maia pediu mais tempo para estudar os projetos, mas disse a aliados que não assinará nenhum texto de aumento de impostos ou com repercussão ruim entre setores importantes da sociedade, como o funcionalismo público e o mercado financeiro.
Se ainda tivesse alguma coisa boa…
Maia tem dito que é contrário a qualquer aumento de carga tributária e afirmou que, caso o projeto de elevação dos tributos sobre os fundos de investimento viesse acompanhado da redução de algum imposto, por exemplo, ele assinaria o texto sem grandes problemas. Do contrário, prefere aguardar o retorno de Temer. Integrantes da equipe econômica também queriam que o presidente em exercício avaliasse outras propostas de ajuste fiscal, como o adiamento do reajuste de servidores públicos e o aumento da contribuição previdenciária desses funcionários. O Planalto quer editar Medidas Provisórias com essas propostas, mas Maia apresentou resistência ao uso desse instrumento. Com a Folha de São Paulo.