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Maia insiste: liderança da reforma tem que ser do presidente

Paulo César de Oliveira
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“ O presidente Jair Bolsonaro precisa se convencer da importância da reforma da Previdência para o país e assumir a liderança na articulação do processo para aprovação da emenda constitucional no Congresso Nacional”, disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), neste sábado. O deputado disse ainda, no congresso do PPS, em São Paulo, que considera “página virada” os atritos com pessoas ligadas ao Poder Executivo, incluindo um dos filhos de Bolsonaro, Carlos. Ele destacou, porém que o governo precisa “sair de conflitos nas redes sociais” e focar no “mundo real”. Ele anunciou que na próxima semana vai “voltar a trabalhar pela aprovação da reforma da Previdência” dentro da Câmara, mas ele destacou que o presidente da República precisa assumir de “forma definitiva” o seu papel de articulação para aprovação do texto no Congresso. Questionado se terá encontro com Bolsonaro para tratar da reforma, Maia disse que não haverá qualquer reunião e que o presidente não entrou em contato com ele recentemente. “Não terá encontro, eu não preciso de encontro, ele não precisa me convencer a ser a favor da Previdência, o Paulo Guedes (ministro da Economia) é que precisa continuar convencendo ele a ser a favor da Previdência, eu estou onde sempre estive, defendo as mesmas ideias há muitos anos”, disse Maia.

 

Maia cutuca: nada diferente do PT

Maia disse também que Bolsonaro precisa mostrar como “vai enfrentar a pobreza com algum projeto diferente do PT”. “Porque até agora ninguém propôs nada diferente do que o PT construiu nos últimos 13 anos, um governo de direita não pode ser igual a um governo de esquerda, é isso que esperamos que ele (Bolsonaro) faça… assuma as rédeas e comande a nova política, porque hoje infelizmente o Brasil é um deserto de ideias. ”Maia, contudo, disse acreditar que Bolsonaro vai explicar para os parlamentares os motivos da importância da reforma da Previdência para o país “e vai assumir a grande liderança”.

 

Apoio de Doria

E um encontro agendado na sexta-feira, Maia almoçou com o governador de São Paulo, João Doria. Após o encontro, o político do DEM recebeu apoio do tucano. “Aqui em São Paulo, na qualidade de governador do Estado, confiamos e apoiamos plenamente a conduta, o trabalho e a relevância de Maia como presidente da Câmara Federal e como líder para aprovação da reforma da Previdência”, disse Doria a jornalistas, segundo áudio da entrevista distribuído à imprensa pela assessoria do tucano. “Entendemos que é importante que o Poder Executivo compreenda a importância de uma relação harmônica com os poderes”, acrescentou Doria, ponderando que neste momento é preciso “serenidade, equilíbrio e diálogo entre os três poderes”. Com Agência Reuters.

 

Bolsonaro diz que no momento a responsabilidade está com a Câmara 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem, no Chile, que o Brasil precisa “fazer o dever de casa” e aprovar a reforma da Previdência, e que o Congresso Nacional está neste momento com esta responsabilidade. Ao lado do presidente do Chile, Sebastián Piñera, após um encontro bilateral, Bolsonaro afirmou que há “preocupações sim com as discussões que ocorrem por ocasião da reforma da Previdência”. “A responsabilidade no momento está com o Parlamento brasileiro, eu confio na maioria dos parlamentares, porque esta não é uma questão de governo Jair Bolsonaro, mas sim uma questão de Estado, é questão de nós no Brasil não experimentarmos situações que outros países enfrentaram, como por exemplo alguns da Europa…”, disse ele, referindo-se a nações que não realizaram as reformas necessárias. A declaração foi feita no mesmo dia em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que Bolsonaro precisa assumir a liderança da articulação da reforma da Previdência. Em entrevista a jornalistas, o presidente foi questionado sobre as declarações de Maia, e o que estaria por trás das críticas do presidente da Câmara. “Não quero fazer prejulgamento de nada, mas você sabe que a temperatura está um pouco alta… Eu não vou entrar nesta disputa. Somos independentes, não serei levado para um campo de batalha diferente do meu”, respondeu Bolsonaro, em entrevista apresentada pela Globonews.

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