Minas Gerais continua sendo o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, com 15.692.484 eleitores, o que corresponde a 10,89% do eleitorado brasileiro. Os dados foram divulgados ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral. No Brasil são exatos 144.088.912 eleitores. Em Belo Horizonte são 1.926.364 eleitores, 54,17% mulheres e 45,77% homens. Desse total, 281.976 irão votar identificados biometricamente. Neste ano, além de Belo Horizonte, pelo menos em sete municípios com mais de 200 mil eleitores, poderá ocorrer um segundo turno de eleições, caso nenhum dos candidatos alcance mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno. São elas: Uberlândia, Contagem, Juiz de Fora, Betim, Montes Claros, Uberaba e Governador Valadares. O menor eleitorado em Minas continua sendo Serra da Saudade, com apenas 959 eleitores.
Gilmar Mendes diz que eleição municipal será um salto no escuro
Ao anunciar, ontem, os números do eleitorado nas eleições de outubro, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes (foto), disse que a proibição do financiamento privado para as campanhas, sem mudança no sistema eleitoral foi um “salto no escuro” e que a eleição municipal deste ano é um “experimento institucional”. A preocupação no TSE é a de que “organizações criminosas atuem de maneira mais enfática” no processo, em outubro. Um dos principais desafios, de acordo com o ministro, é fiscalizar quem são os doadores pessoa física para saber se têm condições de repassar a quantia declarada aos candidatos. Mas aí vem uma outra preocupação: a de que haja compra de CPFs, como tentativa de burlar as novas regras. Mendes também reforçou que há uma preocupação com a realização de caixa 2, considerando o teto de gastos fixado em um valor mais baixo do que em eleições anteriores e a falta de recursos regulares. A preocupação do ministro já havia sido externada em entrevista à revista Viver Brasil. A expectativa do ministro é a de que em novembro ocorra uma discussão sobre uma reforma no sistema eleitoral e que essas distorções sejam sanadas. Gilmar Mendes destacou ainda que há haverá tempo hábil para a análise dos registros de candidatos, o que poderá criar um sério para a Justiça Eleitoral. “Muitas candidaturas só deverão ter o registro analisado após as eleições. Caso os registros sejam negados, corremos o risco de ter que realizar novas eleições em várias cidades. É que, em caso de impugnação de candidatura vitoriosa, a lei agora obriga a realização de uma nova votação, não mais a convocação do segundo colocado”.