Silas Malafaia (foto/reprodução internet), pastor e militante político, subiu o tom e acusou Ciro Nogueira de traição por não assinar o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes. A reação veio na esteira da prisão domiciliar de Bolsonaro, determinada pelo ministro. Ciro respondeu com ironia ao dizer que não se mete na igreja e convidou Malafaia a disputar eleições, lembrando que, na política, vale a vontade da maioria, não de um só. O episódio escancara o uso da fé como palanque e a tentativa de pressionar o Supremo Tribunal Federal na base do grito. Malafaia, a julgar pelo conteúdo de suas mensagens, converteu-se à política do ressentimento. Na democracia, é preciso mais que megafone: exige-se respeito às instituições, à pluralidade e, acima de tudo, à responsabilidade com a palavra. Afinal, quem prega o ódio não conduz rebanhos, mas incita manadas.