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Marcio Lacerda disse que Brasil vive uma espécie de guerra civil

Paulo César de Oliveira
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O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) acredita que o Brasil vive uma espécie de guerra civil e, para a retomada do desenvolvimento do país, será necessário um grande acordo nacional, envolvendo empresários, políticos, sociedade civil, sindicatos e igrejas. Só assim será possível reconstruir o pais, prevê o prefeito. O impeachment, defende ele, como está colocado, não resolveria o problema. Para Lacerda, bom seria se a presidente Dilma se desfiliasse do PT, desvinculando-se de todos os acordos políticos. “Após deixar a legenda, ela convocaria todas as elites sociais para construir um grande acordo. Agora, a presidente está prisioneira dos compromissos de partido”. Ele defende ainda que o PT, como forma de viabilizar o acordo necessário, desista, desde já, de disputar a sucessão presidencial em 2018. Lacerda disse que conversou sobre sua tese com o ministro Ricardo Berzoini (foto) e com os senadores mineiros Aécio Neves e Antônio Anastasia. Os prefeitos, segundo ele, são os que mais sentem os reflexos dessa crise política e econômica. Por isso, o melhor, segundo ele, é evitar falar de eleições. Especificamente sobre Belo Horizonte, ele já propôs aos partidos que o apoiam que os entendimentos em torno de candidatos só se iniciem “após o Carnaval”. Lacerda, além de querer participar da articulação para a escolha do seu sucessor, também pretende pavimentar o seu caminho para uma possível candidatura ao governo de Minas em 2018. Para tanto, ele está organizando o PSB e pretende lançar candidatos em pelo menos 100 municípios mineiros

 

Hospital do Barreiro começa a atender à população

No aniversário de 118 anos de Belo Horizonte ontem, o prefeito Marcio Lacerda entregou 1ª etapa do Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro, o Hospital do Barreiro. Nesta primeira fase, entra em operação o serviço de pronto atendimento. Esse é o primeiro hospital construído pelo município e entregue à população em 70 anos. A nova unidade foi construída por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), é 100% SUS, de acesso universal e gratuito. O novo hospital reestrutura e amplia o atendimento de urgência da capital, em especial no Vetor Sul da Grande BH – regiões do Barreiro, Oeste, além de municípios do entorno – que não contava com hospital referência em atendimentos a traumas, como os causados por acidentes de trânsito e quedas. O novo hospital vai desafogar o atendimento nos Hospitais João XXIII, Risoleta Neves e Odilon Behrens, e também suprir parte da demanda por leitos clínicos e de CTI. De imediato a população contará com 47 leitos, sendo 39 de observação, seis de CTI e dois de emergência. Os demais setores entram em operação, gradativamente, ao longo de 2016. Para o funcionamento dessa primeira etapa, 250 profissionais vão trabalhar na área assistencial, incluindo médicos e enfermeiros e 300 trabalhadores, aproximadamente, nos serviços não assistenciais (vigilância, limpeza e almoxarifado). Lacerda admite, porém, que sem verbas federais não há como colocar o hospital em pleno funcionamento. Em seu discurso ele defendeu uma revisão na sistemática de funcionamento do SUS, advertindo sobre a necessidade de mudança no modelo de financiamento do sistema. Lacerda anunciou que em 2016 haverá menos verbas para a saúde caso não se encontre uma outra alternativa de obtenção de recursos para o setor.

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