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Mattar reclama da morosidade do estado e dos donos do governo

Paulo César de Oliveira
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Salim Mattar (foto) passou toda a quarta-feira explicando os motivos que o levaram a deixar o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que como secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento ficou “com as atribuições, mas sem a autoridade para execução, e que o processo para promover a desestatização é complexo e moroso”. Mattar também reclamou dos interesses de alguns grupos, que dificultam o processo e criam uma barreira natural para as privatizações. A constatação a que chegou é a de que “o Estado-empresário é gigantesco e não quer ser amputado”. Mattar disse que também sentiu a rejeição dos servidores a ele e afirmou que grupos de fora do governo são vistos como “novatos que não conheciam o governo e como as coisas funcionam”. A lógica é a que esses de fora são passageiros, enquanto os membros do aparelho do Estado se perpetuarão, logo, têm que preservar aquele establishment. Além disso, reclama que “a tese liberal de reduzir o tamanho do Estado para desonerar o cidadão é aplaudida, mas pouco apoiada.”

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