A senadora Simone Tebet (foto) está sendo pressionada a abandonar a sua candidatura à presidência do Senado. Sem o apoio do seu partido, o MDB, a parlamentar disse que “eu, como qualquer mulher brasileira, não me curvo fácil”. O que aconteceu, segundo ela, foi que parte do MDB “cedeu à tentação do fisiologismo o toma lá, dá cá dos cargos e optou por espaços na Mesa ao invés de espaço de luta, da luta histórica do MDB”. Para ela, o governo Jair Bolsonaro busca desestabilizar as instituições e tem um projeto de perpetuação no poder, com política armamentista para dar “suporte a uma estrutura de confronto”.
Um mineiro no Senado
A disputa pela presidência do Senado parece favorecer o lado do mineiro. Virtualmente, Rodrigo Pacheco (foto), DEM, já conseguiu 48 votos de apoios declarados até agora. Para ser eleito é necessário, ao menos 41 votos. Simone Tebet começou sua campanha depois e angariou 29 senadores apoiando sua candidatura. Seria a 1ª mulher a presidir o Senado na história. Caso o cenário se confirme, o MDB ficará mais uma vez fora da presidência. Isso não era comum até 2019, quando o demista Davi Alcolumbre (AP) se aproveitou do racha emedebista e da diversidade de candidatos para se eleger. De todos os senadores eleitos para ocupar a presidência, desde 1985, só Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) foram da sigla.