O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu ontem que será difícil colocar a reforma da Previdência em votação em 2017. Ele ressaltou, no entanto, que tentará acelerar as discussões do tema para que a votação ocorra ainda este ano, mas destacou que em um cenário “ideal”, a análise da proposta deveria ocorrer em fevereiro de 2018. “É difícil, mas vamos tentar. Acho que se a gente conseguir organizar, até o final de dezembro a gente consegue votar. O ideal, com o tempo que a gente tem nesse ano, era votar no início de fevereiro. Mas tem o Carnaval no meio. Então não é assim um calendário simples para se trabalhar. Mas é o calendário que nós temos, vamos tentar enfrentá-lo”, disse Maia (foto) em entrevista. O deputado não quis fazer uma estimativa de quantos votos o governo tem para aprovar as mudanças na aposentadoria, mas disse que a adesão de parlamentares está aumentando. “Não é bom a gente ser otimista nem pessimista. A gente tem que falar a verdade. A verdade é que em relação a três semanas, está muito melhor. Já tem líderes que estavam radicalmente contra entendendo que precisam, pelo menos, dialogar com suas bancadas para tentar construir o número, isso já é um avanço”, disse. O presidente da Câmara disse ainda que está negociando a proposta e que irá colocar em votação “o texto que tiver condição de votar”, mesmo que sejam necessárias concessões em relação ao projeto original.