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Mendes vê dinheiro do petrolão nas campanhas de Dilma e PT

Paulo César de Oliveira
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A existência de “vários indicativos” de que a campanha à reeleição de Dilma e o PT foram financiados por propina desviada da Petrobras no esquema da “Lava Jato”, o ministro Gilmar Mendes (foto) determinou nessa sexta-feira (21) que a Procuradoria-Geral da República apure eventuais crimes. O ministro do Supremo Tribunal Federal e vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), cruzou dados das investigações do petrolão com as doações legalmente registradas na Justiça Eleitoral. “Há vários indicativos (…) de que o PT foi indiretamente financiado pela Petrobras (o que é proibido pela lei). (…) Somado a isso, a conta de campanha da candidata também contabilizou expressiva entrada de valores depositados pelas empresas investigadas”, afirma Mendes. Entre os elementos da “Lava Jato” usados pelo ministro está trecho da delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa em que ele afirma ter doado R$ 7,5 milhões do esquema para a campanha de Dilma em 2014. Segundo técnicos do TSE, empresas sob suspeita de participarem do esquema doaram R$ 172 milhões ao PT entre 2010 e 2014. Mendes aponta que parte desses valores foi transferida para a campanha de Dilma. Mendes também pede investigação sobre despesas suspeitas da campanha de Dilma, entre elas os gastos declarados para a empresa Focal, que conforme a “Folha de S.Paulo” revelou, foi a segunda empresa que mais recebeu dinheiro da campanha, apesar de estar, oficialmente, no nome de um motorista. “Assim, tenho por imprescindível dar conhecimento às autoridades competentes sobre os indicativos da prática de ilícitos eleitorais e de crimes de ação penal pública”, afirma Mendes, que determina apuração pela Procuradoria-Geral da República, Polícia Federal e Corregedoria-Geral Eleitoral.

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