Se depender do ex-presidente Michel Temer (foto), o Brasil caminhará para uma pacificação a partir do diálogo. Esta foi a palavra recorrente usada por ele durante a palestra “Perspectivas Políticas e Estabilidade Democrática e seus Reflexos para o Empresariado”, proferida nesta sexta-feira (19) a convite da Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio).
A proposta de Temer é a formação de um grande pacto nacional, envolvendo Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, membros da sociedade civil e oposição em esforço conjunto. “Perdemos o hábito de dialogar. Debates, divergências, contestações são típicos da democracia. Mas a radicalização é prejudicial.”
Dosimetria sem exceção
Temer apontou a necessidade da dosimetria das penas aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelos ataques no 8 de janeiro de 2023: “Punição, tem que haver. Foi gravíssimo o ataque aos prédios que abrigam as sedes dos Poderes. Mas uma dosagem reduziria a pena de todos, sem exceção.”
O ex-presidente também defendeu a necessidade de “mudar a pauta”, apontando que faz dois anos que o Brasil trata da mesma coisa, ou seja, não anda. Mas também ponderou que o país pode dar exemplo ao mundo ao conduzir seu processo de pacificação interno: “vamos caminhar para a estabilidade social e política.”
