Vizinhos da ministra Cármen Lúcia, em Belo Horizonte, ficaram assustados ontem com a ação de manifestantes favoráveis ao ex-presidente Lula. O prédio na rua Dias Adorno, próximo à Assembleia Legislativa, foi atingido com tinta vermelha jogada pelos militantes de movimentos sociais, que chegaram em ônibus fretados, estacionados nas proximidades. A presidente do Supremo Tribunal Federal foi o voto de desempate para que fosse rejeitado o habeas corpus, que impediria a prisão de Lula. Carminha, como é conhecida pelos vizinhos, sempre gostou de ir a pé até a padaria e ao jornaleiro, mas agora pode deixar o antigo hábito que sempre manteve quando vem à Belo Horizonte. Assim como deixou de ir ao centro da cidade com medo da violência, agora, para fugir dos extremistas, pode ser obrigada a mudar seus hábitos. Próximo à residência da ministra, o prédio do Ministério Público Estadual foi pichado, com tintas vermelhas, com frases contra o juiz Sérgio Moro.