Vivemos uma espécie de contradição, somos muitos conectados tecnologicamente, mas precisamos de mais conexões pessoais. O entendimento é do vice-governador Paulo Brant (foto), que expos seu pensamento durante participação na terceira edição do Conexão 20/21. O último ano foi um ano de grandes desafios, segundo ele, e essas conexões, principalmente do governo federal durante a pandemia da Covid-19 não foram boas. Para ele, um dos grandes desafios da sociedade contemporânea são os problemas complexos, para os quais buscamos soluções fragmentadas. As soluções para questões complexas, segundo ele, são complexas. É preciso ouvir, saber a opinião das pessoas e a política é a arte do encontro e por isso, é justamente ela que faz tanta falta. Minas Gerais está em recuperação econômica, segundo Brant, e isso demanda investimentos, que estão baixos no Brasil. Sem investimentos não haverá crescimento sustentável. Nos últimos dois anos e meio, o INDI está com uma carteira de R$ 100 bilhões em investimentos, o que é um bom sinal. O acordo com a Vale também vai permitir ao Estado voltar com investimentos em obras de infraestrutura. O desemprego alto também é uma preocupação e, infelizmente, o crescimento da economia brasileira não está atrelada ao emprego. Se por um lado isso significa que as empresas estão investindo mais em automação, por outro, elas geram menos emprego. Para Brant o Brasil precisa voltar a crescer e a investir para diminuir a desigualdade. Ele disse que espera que as eleições do ano que vem sejam diferentes das de 2018, quando as pessoas disseram não. Ele espera um debate político mais consistente. Brant disse que as pessoas o perguntam se ele vai seguir o governador Romeu Zema nas próximas eleições, mas, por ter deixado o Novo, ele disse que não sabe em qual movimento nacional o governador Zema vai se engajar. Brant disse que defende uma via alternativa porque a polarização está paralisando o país. Citando o irmão, o ex-ministro Roberto Brant, o vice-governador disse que escolher entre Lula e Bolsonaro é escolher entre dois passados e temos que buscar o futuro. Brant decide em 30 dias em qual partido irá se filiar para uma possível participação nas eleições do ano que vem. Ele disse que não gosta da forma como Bolsonaro faz política, mas considera que algumas áreas são boas, como a ministra da Agricultura e de Minas e Energia. Para ele, Paulo Guedes tornou a sua pasta muito grande e com isso o país ficou ingovernável. Em Minas, segundo o vice-governador, nesses últimos dois anos e meio, o governo conseguiu equacionar as contas. É simbólico o fato de que os servidores irão receber a partir do 5º dia útil. “O princípio do governo em Minas foi de ordem. Daqui para frente será de progresso”.