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Mínimo de 946 reais vai complicar a vida dos prefeitos

Paulo César de Oliveira
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O aumento de 7,5% no salário mínimo para o ano que vem, passando de 880 reais para 946 reais, pode complicar ainda mais a vida dos prefeitos. Muitos enfrentam dificuldades para quitar a folha de pessoal e com a economia em recessão, as expectativas de arrecadação também não são das melhores. O índice apresentado pelo governo corresponde à inflação acumulada de janeiro a dezembro deste ano. A fórmula para calcular o reajuste do salário mínimo considera a inflação e a variação do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas do país, de dois anos anteriores. Porém, como o PIB do Brasil encolheu 3,8% em 2015 e deve encolher também em 2016, o reajuste deve cobrir apenas a inflação. A proposta do salário mínimo para 2017 consta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviada ontem pelo Governo Federal ao Congresso Nacional.

 

LDO muito otimista

Depois de encerrar o segundo ano consecutivo em recessão, a economia brasileira deverá crescer 1% em 2017, de acordo com as previsões do governo. A estimativa para o Produto Interno Bruto consta do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Embora os números sejam divulgados pelo Ministério do Planejamento, as estimativas são da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. A proposta da LDO prevê crescimento de 2,9% para 2018 e de 3,2% para 2019. Os números estão diferentes das previsões das instituições financeiras que, segundo o Boletim Focus, do Banco Central, estimam crescimento de 0,3% em 2017. A proposta da LDO também atualizou as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como inflação oficial. O Ministério da Fazenda prevê que o índice encerrará 2017 em 6%, abaixo do teto da meta, de 6,5%. A equipe econômica projeta IPCA de 5,4% em 2018 e de 5% em 2019. Segundo o Boletim Focus, as instituições financeiras projetam inflação de 5,7% para 2017.Os parâmetros para 2016 não foram alterados. No fim de março, a SPE tinha projetado contração de 3,05% na economia neste ano IPCA de 7,44%. As previsões para este ano constam do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, documento divulgado a cada dois meses com estimativas para a economia e que orienta a execução do Orçamento. Em relação ao PIB, as estimativas oficiais estão mais otimistas que as das instituições financeiras, que preveem retração de 3,77% do PIB em 2016. Para o IPCA, a projeção do Boletim Focus está em 7,2% neste ano.

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