Ministro diz que radicalização na disputa política vai provocar morte

Depois do ex presidente falar em pedir “ao Stédile para colocar o exército dele nas ruas”, uma alusão ao coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Terra e na possibilidade de colocar estes trabalhadores em sua defesa, dissimulados em defensores da democracia. Depois do ex presidente ser flagrado em uma conversa telefônica ameaçando mandar “bater nos coxinhas” que faziam manifestações diante do seu apartamento em São Bernardo do Campo. Depois do presidente nacional do PT, Rui Falcão dizer que deseja a paz mas que não foge da guerra, o ministro da Comunicação do governo Dilma, Edinho Silva (foto), várias vezes citado em delegações premiadas da Lava Jato, manifestou preocupação com a radicalização da política no país. Segundo ele, ainda não existe, mas a continuar com está, “teremos o primeiro cadáver nesta guerra política”. Edinho Silva preferiu não dar nomes de quem tem feito aumentar a intolerância sem respondeu a pergunta sobre as declarações de Lula e de outros petistas sobre enfrentamento. Para ele, melhor será não citar nomes, mas apenas alertar para os riscos da intolerância no país. O ministro propôs a retomada do diálogo em busca de soluções para a crise. “Ou nós fazemos isso ou vamos esperar o primeiro cadáver? O primeiro enterro? Vamos esperar isso acontecer? Porque isso vai existir. Você não tenha dúvida que ele vai existir do jeito que está se radicalizando. É isso que vamos esperar? Ou vamos começar a abrir espaço para o diálogo e baixar o tom no país?”, questionou. Antes da conversa de Edinho Silva com os jornalistas, a presidente Dilma tinha recebido o apoio de artistas e intelectuais no Planalto, quando fez um discurso duro contra os que defendem o impeachment, movimento com comparou às ações nazistas. À tarde, coincidência ou discurso afinado, nas manifestações em São Paulo surgiram cartazes no mesmo tom.