Tributaristas que conhecem o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) acreditam que a nomeação de Érika Marena (foto) como conselheira da autarquia, indica que o órgão passará por mudanças. Ex delegada da Polícia Federal e apelidada de “mãe” da Operação Lava Jato, Marena, foi nomeada pelo ministro Sérgio Moro para ocupar o posto que foi de Camila Colares Bezerra, da Controladoria-Geral da União. O Coaf foi o órgão que detectou movimentação bancária atípica de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL) em seu mandato como deputado estadual. A ex delegada tem experiência reconhecida na recuperação de ativos e investigação de crimes financeiros e é tecnicamente qualificada para o cargo, segundo os advogados. O temor é de que o fato de ser oriunda da Polícia Federal ela transforme o órgão em um braço da polícia. O Coaf não precisa de autorização judicial para analisar movimentação financeira. Até o governo Temer, esse órgão era vinculado à Fazenda.