Mudança de partido ou de comportamento?

Governar não é mesmo a praia do presidente Jair Bolsonaro, como vem demonstrando. Ele gosta é de mandar, de se distrair com assuntos pessoais e de ofender quem o critica, não se incomodando nem mesmo se tudo isso for prejudicial à imagem do país. Não é por outra razão que, pela nona vez na sua carreira política, Bolsonaro poderá trocar de partido. Para qual, ainda ninguém sabe… o certo é que poderá sair do PSL, que o elegeu. O objetivo não é nada republicano: poder dizer que é dono de um novo partido, como seus irrequietos filhos também desejam. A mesma coisa faz Lula com o PT até hoje, só que agora de dentro da cadeia. Ou o ex-presidente Fernando Collor fazia no poder da República com sua pequena sigla, o PRN. O presidente Bolsonaro (foto), se abandonar o partido que o elegeu, também abandonará e demitirá do governo fiéis amigos que o ajudaram a se eleger, demonstrando, claramente, como se diz no jargão popular, que “não tem saco” para dialogar com a classe política, e menos ainda com a imprensa ou com quem não o bajula.