Nos últimos tempos, as manifestações dos agentes da operação do Direito – juízes, procuradores, promotores, advogados – estão saindo dos limites que a própria lei impõe. Tais fatos vêm sendo registrados pela imprensa, diariamente. A operação Lava Jato funciona como elemento tensionador a partir das interlocuções gravadas por hackers entre os integrantes da Força Tarefa. Ao ganharem apoio ou repulsa de autoridades das frentes institucionais, alimentam a suspeição sobre a lisura de nossa Justiça, em todas suas instâncias. A imagem do Judiciário ficou comprometida. O STF abriu espaço com forte inserção no campo da política, sob o argumento de que temas polêmicos lá chegavam em demandas feitas por partidos e outras instituições. No vácuo criado pela ausência de legislação infraconstitucional, o STF passou a preenchê-lo. Formou-se a ideia de “judicialização da política” e começou a recair sobre alguns membros da Corte, sempre os mesmos, a suspeição de que agem como militantes ou simpatizantes partidários. O Congresso tem que assumir o seu verdadeiro papel e acabar com essa farsa, não permitindo que o Judiciário usurpe os poderes do legislativo. E fim de papo.