Blog do PCO

Na presidência Bolsonaro vetaria aumento ao STF e apresentaria outra proposta de reforma da previdência

Paulo César de Oliveira
COMPARTILHE

O presidente eleito Jair Bolsonaro (foto) disse nesse sábado que, se já estivesse no cargo, vetaria a proposta de aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o que segundo ele complicará os esforços do novo governo para resolver a questão do déficit fiscal. “Não tem outro caminho no meu entender, até pela questão de dar exemplo…Eu falei antes da votação que é inoportuno, o momento não é esse para discutir esse assunto”, afirmou em entrevista à Record sobre a primeira semana dos trabalhos para transição de governo. Na quarta-feira, o Senado proposta de reajuste de 16,38% dos salários dos senadores, correção já encaminhada ao Ministério do Planejamento, como parte do Orçamento 2019 da corte. A matéria, que agora foi para sanção presidencial, implicará em um gasto adicional total de R$ 4 bilhões em 2019, devido ao reajuste em cascata dos salários em decorrência do aumento para os ministros do Supremo, conforme cálculos das consultorias de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado. “Se eu fosse o presidente, eu procuraria o presidente do Senado para que o projeto não entrasse em pauta. Já que entrou em pauta, se o governo Temer quiser, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ele pode vetar esse reajuste, que afinal de contas é da classe que mais ganha no Brasil”, disse Bolsonaro.

 

De novo a história da velha política

Na avaliação dele, o reajuste dos ministros dificulta as articulações para conduzir a tão aguardada reforma da previdência no país. “Complica para gente quando você fala em fazer reforma da previdência, quando você vai tirar alguma coisa dos mais pobres, aceitar um reajuste como esse”, acrescentou. Bolsonaro ressaltou que sua equipe não considera reformar a previdência da forma proposta pelo governo Temer. Ele contou ainda que está analisando um pacote de medidas em tramitação no Congresso. Questionado se alguma delas seria levada adiante pelo seu governo, o presidente eleito respondeu: “Se bancarmos propostas dessas e formos derrotados abre espaço para velha política vir para cima de nós… Não posso correr esse risco, tenho que começar o ano que vem com nossas propostas e tentar convencer deputados e senadores a votar de forma paulatina”, afirmou.

COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News do PCO

Preencha seus dados e receba nossa news diariamente pelo seu e-mail.