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Nada é por acaso na diplomacia

Paulo César de Oliveira
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A polêmica declaração do presidente Lula, que comparou as ações de Israel contra o Hamas ao holocausto, tem estimulado um intenso debate sobre a diplomacia brasileira. Para muitos analistas, a reprimenda ao embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, e declaração de Lula é persona non grata, foram atos estudados. A avaliação é a de que “na diplomacia nada é por acaso, é tudo muito estudado. Expor o diplomata desta maneira é humilhação”. O problema, no entanto, tem outro nome: Celso Amorim (foto/reprodução internet), que na avaliação de especialistas no assunto, é o responsável pelas falas desastrosas do presidente Lula e o pior para os analistas, “o Itamaraty tornou-se um mero órgão executor, incapaz de contrariar Celso Amorim. A política externa está em descompasso com as necessidades do Brasil”.

Escalada infeliz de Lula

Se o presidente Lula queria visibilidade na cena internacional, ainda que o tiro tenha saído pela culatra, não poderia ter tido mira mais precisa com a sua polêmica ao comparar os ataques de Israel contra o Hamas ao holocausto. Um detalhe que para muitos passou desapercebido centra na afirmação do Ministro das Relações Exteriores do Estado de Israel, Israel Katz, ao passar uma lição no embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, no Museu do Holocausto momento que o presidente Lula foi taxado como persona non grata em solo israelense. Ao citar o povo de Israel, o ministro quis dar ao entrevero repercussão junto à toda comunidade judaica ao redor do mundo e não apenas àqueles judeus habitantes do seu território no Oriente Médio. 

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