O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, na última segunda-feira, que a revista Crusoé retirasse do ar, de forma imediata, a reportagem de capa da última edição, intitulada “O amigo do amigo de meu pai”. Segundo a revista, que teve acesso a um documento da Lava Jato de Curitiba, o empreiteiro Marcelo Odebrecht teria revelado que o misterioso codinome “o amigo do amigo de meu pai” se referia a Antônio Dias Toffoli (foto), quando então advogado-geral da União, cargo que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) teria ocupado de 2007 a 2009. Segundo Marcelo Odebrecht, em delação premiada, era assim como Dias Toffoli era chamado pelos executivos da empreiteira em conversas privadas. Em um e-mail capturado pela Lava Jato e enviado por Marcelo em 13 de julho de 2007 a Irineu Berardi Meireles e Adriano Sá de Seixas Maia, o chefe pergunta: “Afinal vocês fecharam com o amigo do amigo do meu pai?”.