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O custo político de liderar sem hegemonia

Paulo César de Oliveira
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Hugo Motta

Enquanto no Senado desponta uma gestão imperial, na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (foto/reprodução internet) vive aquele tipo de humilhação silenciosa que a política distribui sem recibo. No rolo do projeto antifacções, ele e o deputado Cláudio Derrite até dividiram o palco, mas só um saiu com o figurino rasgado e não foi o relator. Motta agora precisa empurrar o relatório para votação como quem tenta fingir que ainda controla o próprio destino. A ironia é que o calendário, longe de lhe servir, virou instrumento do governo, que critica o texto, mas o quer aprovado logo para evitar mais tumulto. A oposição, que sonhava usar o tema como munição contra Lula, ficou sem o script. O episódio revela uma velha verdade: há lideranças que parecem robustas até o instante em que precisam liderar. A de Motta, neste momento, cabe num parágrafo — e ainda sobra espaço. Nada disso estava em seus planos, mas a política tem dessas voltas: quem julga mover as peças descobre, tarde demais, que também faz parte do jogo.

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