Não se passaram 24 horas entre as palavras da ministra do Planejamento, Simone Tebet, dizendo ser imperativo ao governo federal, um esforço concreto na contenção de gastos, e o discurso do seu superior, o presidente Lula(foto/reprodução internet) foi o de sublinhar que gasto social é investimento, ao contrário do que banqueiros e o mercado pensam.
Para bom entendedor, meia palavra basta.
Propositalmente, o recado foi dado minutos antes dele receber extensa comitiva da Febraban, que acorreu a Brasília para ouvir algum aceno mais concertado sobre medidas terapêuticas ao atual desequilíbrio fiscal.
Todo mundo sabe que a melhor forma de não se resolver ou avançar na solução de um problema é criar um grupo de trabalho e, foi justo essa a sugestão que os banqueiros colheram do Planalto, agora mais convictos de que o pé no acelerador não é para ser aliviado.
Lula, está sim, comprometido é com a sua reeleição.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já se tornou exímio equilibrista entre as contingências estruturais da política econômica e os impulsos do presidente, comme d’habitude, saiu com mais pratinho para rodopiar no ar.
A taxa de juros, no fundo, no fundo, não é a preocupação e, sim, a falta recursos que deverão ser emprestados pelo mercado.