Com suas reservas internacionais derretendo, a Argentina busca desesperadamente recursos para continuar pedalando a economia até pelo menos as eleições de outubro. A mais recente injeção de recursos virá da Arábia Saudita, cujo Fundo de Desenvolvimento criado para financiar projetos em economias emergentes decidiu liberar uma linha de financiamento para o país. Serão US$ 500 milhões para projetos de infraestrutura, entre eles o gasoduto Nestor Kirchner. A falta de confiança no governo de Alberto Fernández (foto) empurra o dólar paralelo para novos recordes, atingindo 400 pesos. A desvalorização cambial por sua vez retroalimenta a inflação, que bateu nos 7,7% em março. No acumulado em 12 meses, a taxa está em 104,3%, a maior desde 1991. Os aumentos de preços já superam os da Venezuela, colocando a Argentina no posto de país com a maior inflação no continente. Ainda bem que o Brasil tem um Banco Central independente. (Foto/reprodução internet)