A máxima de que o que é votado na Câmara é desfeito no Senado e vice-versa, continua prevalecendo no Congresso Nacional. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, PMDB-RJ, já avisou que vai modificar a decisão do Senado de acabar com o financiamento de empresas nas campanhas eleitorais, desafiando Renan Calheiros (foto). Eduardo Cunha pretende colocar a matéria na pauta de votação na semana que vem. “O Senado tem todo o direito de deliberar do jeito que a maioria entender. Cabe respeitar. Agora, como o Senado atuou como casa revisora, a Câmara vai deliberar de novo. E a prioridade na semana que vem será a votação das emendas do Senado ao projeto da reforma política”, afirmou. O projeto aprovado pela Câmara previa doação de empresas para partidos, mas não a candidatos individualmente. Pessoas físicas poderiam doar a ambos e as pessoas jurídicas aos partidos, dentro de um limite máximo de R$ 20 milhões em doações. O Senado derrubou a doação de empresas e manteve a possibilidade de financiamento por pessoas físicas. Além do projeto de reforma, o Congresso analisa uma proposta de emenda à Constituição que prevê, entre outros pontos, o fim da reeleição. A PEC já passou por dois turnos na Câmara e está aguardando votação, ainda sem data definida, no Senado.