O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (foto), usou ontem sua conta Twitter para comentar alguns dos números divulgados na segunda-feira pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontaram a abertura, em junho, de 9.821 novos postos de trabalho no país. Segundo o ministro, os resultados mostram “um sinal claro de recuperação” do mercado de trabalho. O resultado obtido em junho representa um aumento de 0,03% na comparação com maio. Meirelles lembrou que, com o resultado, “tivemos em junho o terceiro mês seguido de geração de empregos no país”. De acordo com o Caged, no acumulado do ano, o saldo alcançou 67.358 vagas de emprego abertas.
Contratações superam demissões
“As contratações superaram demissões em 4 dos 6 primeiros meses do ano, o que garantiu o primeiro saldo semestral positivo desde 2014”, acrescentou o ministro ao destacar que “o salário de admissão também registrou um ganho na primeira metade do ano”, e que “o valor pago aos novos contratados ficou 3,5% acima de inflação”. O resultado do Caged é resultado da diferença de 1.181.930 admissões e 1.172.109 demissões. No acumulado do ano, o saldo atingiu 67.358 vagas de emprego abertas. No mesmo período do ano passado, o saldo foi negativo, com 531.765 postos de trabalho fechados a mais que abertos. O resultado acumulado nos últimos 12 meses aponta uma redução de 749.060 postos de trabalho.
Mercado de trabalho formal em Minas acima da média nacional
Minas Gerais liderou o ranking de emprego formal entre os estados, em junho, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho. O saldo de admitidos e desligados no mercado de trabalho alcançou 15.445 vagas, superior ao do Brasil no mesmo período (9.821). O segundo lugar ficou com o estado de Mato Grosso (5.779) e o terceiro lugar com Goiás (4.975). Entre os estados do Sudeste, São Paulo está na sexta colocação no ranking de saldo de vagas, com 983. Já o Espírito Santo ficou na vigésima segunda posição (-1466) e o Rio de Janeiro em 26º, com um saldo negativo de 5.689. A última posição no país coube ao Rio Grande do Sul, com -9.513. Na avaliação do sociólogo e coordenador da Assessoria de Gestão do Observatório do Trabalho da Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), Roberto Geraldo de Figueiredo, o mercado de trabalho mineiro tem reagido melhor à crise econômica que o Brasil vem enfrentando. “Seriam prematuras e com pouca base técnica quaisquer comemorações, tanto dos modestos resultados nacionais, que possui um contingente de 14,2 milhões de trabalhadores desempregados, quanto dos resultados estaduais, com cerca de 1,5 milhão de desocupados, mas não há como negar que o estado reage melhor à crise econômica”, salienta. Com o jornal Hoje em Dia.