Todas as atenções estão voltadas para o congresso nacional do PMDB marcado para amanhã (17), em Brasília, quando os líderes do partido devem assumir um posicionamento mais crítico em relação ao governo Dilma. O deputado federal Moreira Franco (PMDB-RJ), um dos maiores críticos do governo federal, chegou a afirmar que a pauta do encontro será para tratar de mudanças no estatuto e um programa para tirar o Brasil da crise, retomar o crescimento e estancar a perda das conquistas econômicas e sociais com a atual política econômica. Ou seja, mais críticas a presidente Dilma. Mas o partido também deve avançar na discussão de como pretende atuar. Se será pelo afastamento da presidente ou pressionando por mudanças na condução econômica. Uma das alternativas está nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ainda não se pronunciou em relação ao impeachment da presidente Dilma. Acuado pelas denúncias que pesam contra ele e o processo que responde no Conselho de Ética da casa por essas denúncias, Cunha se aproximou novamente do governo nos últimos dias, mas acabou perdendo o apoio de alguns partidos da oposição. O que ele pretende fazer é uma incógnita até para o PMDB. O vice-presidente Michel Temer, no entanto, permanece com a mesma postura em relação ao governo: uma distância confortável o bastante para criticar a presidente Dilma, seja em encontros com empresários, ou em conversas com políticos. No encontro de amanhã, os peemedebistas querem saber de Temer (foto) até onde eles precisam ir para pavimentar o seu caminho até o gabinete presidencial.