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O Rio não quer mais demagogia. Quer ação imediata

Paulo César de Oliveira
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É sempre bom buscar nas velhas raposas os ensinamentos políticos que explicam os fatos atuais. O governador Hélio Garcia, certamente uma das mais felpudas das nossas raposas, gostava de dizer que lidar com políticos em projetos polêmicos é como colocar porco no caminhão. Todos gritam até que o caminhão comece a andar. Aí cada um procura seu cantinho, se acomoda e segue viagem. Nesta semana o caminhão da intervenção na segurança do Rio de Janeiro ganha a estrada, com a nomeação dos que vão compor a equipe, o que vai permitir a definição da estratégia a ser utilizada, apesar de algumas operações já terem começado. Não há razão para tanta polêmica sobre o assunto. Necessária e urgente- que digam os cariocas- a intervenção que não é do Exército, é da União através das Forças Armadas, busca resolver um problema que ninguém ousa negar que seja muito grave. Se duvidam, perguntem aos moradores ou até a turistas, sobre o sentimento de medo que a cidade provoca. Perguntem às famílias das vítimas de todas as classes sociais. Politizar o assunto talvez tenha sido um erro estratégico dos oposicionistas e dos que se apresentam como defensores dos fracos e oprimidos, nesta guerra fratricida nos morros e vias da cidade do Rio de Janeiro. Gente como o sempre crítico das ações que não são de Lula, Frei Betto, que escreveu artigo pedindo aos comandantes das ações que não transformem em assassinados fardados os seus comandados. Preocupação justa, tivesse ele o cuidado de pedir o mesmo aos que protege, sob falsa justificativa de que são perseguidos por serem negros e pobres. Os Exércitos paralelos, não fardados, matam muito mais do que os fardados. Outro petista, também mineiro, Padre João, divagou numa análise política, advertindo que a intervenção se iniciaria no Rio, se estenderia a todos os estados, atingindo as eleições que se transformariam em indireta para evitar que Lula retorne à presidência. Frei Betto e Padre João construíram e propalaram falsas verdades que, se não ficam bem no cidadão comum, são muito piores em sacerdotes. Ambos são também defensores da tese de que a criminalidade surge nos morros por causa da pobreza. Tese injusta com a esmagadora maioria dos que moram em favelas, ou comunidades como queiram, gente séria e honesta, que luta pela sobrevivência e para dar melhores condições aos filhos. Os últimos resultados do Enem vêm mostrando que alguns alcançam seus objetivos. Não se pode dizer de quem porta ostensivamente um fuzil que seja apenas uma vítima social. O General Heleno, que comandou as forças brasileiras no Haiti, adverte que alguém com um fuzil na mão está preparado para a guerra e, portanto, deve ser alvo das forças de segurança. Esta orientação, revela o general, constava do protocolo de engajamento que cada militar brasileiro levava no bolso, em suas missões. Protocolo que, sugere, deve ser criado também para as operações no Rio. Operações que, todos reconhecem, serão de guerra. Daí a advertência do ministro da Justiça, Torquato Jardim, de que não há guerra que não seja letal. Que esta guerra que o presidente Temer teve a coragem de iniciar em nome do povo do Rio, seja o menos letal possível e que apresente os melhores resultados possíveis. Para a recuperação da cidadania e desespero de muitos que andam com a urna na cabeça.

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