O tamanho da vitória

Pouca gente se deu conta da grande revolução que essa eleição americana vai representar para os habitantes da terra do Tio Sam. Além de ganhar maioria na Câmara e no Senado, poderá preencher a vaga na Suprema Corte dos EUA, aberta desde a morte do juiz Antonin Scalia, ícone do conservadorismo, em fevereiro deste ano. A nona cadeira no tribunal está vaga há quase 270 dias, segundo período mais longo da história, e a composição da Corte dividida: quatro liberais contra quatro conservadores. Obama chegou a indicar um nome, mas a oposição republicana, maioria no Congresso, se recusou a discutir e votar a indicação. Com a eleição de Trump, a balança deve pender para o lado dos conservadores. Observe-se ainda que há três juízes com mais de 78 anos que podem deixar a Corte ainda no mandato do Republicano. Trump com a maioria no Congresso, se tiver juízo, poderá fazer um bom governo. Do contrário os Estados Unidos terão que passar por uma experiência semelhante àquela dos oito anos de Bush, que quase acabou com o mundo. Por enquanto, catástrofe mesmo, foi a que ocorreu nas redações dos principais jornais de lá e do mundo, inclusive os brasileiros, que não souberam prever o que aconteceu. Não é por acaso que essa indústria está em crise…