Terminada a eleição, o grupo político de Bruno Engler (foto/reprodução internet) tenta entender onde ele errou no segundo turno da disputa em Belo Horizonte. Ele passou pelo primeiro turno em primeiro lugar, com 34,38% dos votos válidos e viu, no meio do caminho, a sua candidatura ser atropelada pela do prefeito Fuad Noman, que terminou a disputa vitorioso
Se Bruno Engler foi a surpresa no primeiro turno, passando uma imagem de político ponderado e voltado para o diálogo, como estratégia de marketing e orientado do publicitário Roberto Hilton, no segundo turno, decidiu endurecer o discurso. Com o avanço de Noman, que formou um amplo bloco de apoio no segundo turno, Engler decidiu abandonar o discurso moderado e, a partir daí, segundo a orientação do deputado federal Nikolas Ferreira, foi para o ataque.
A mudança radical no estilo da campanha foi claramente percebida, inclusive pelo Tribunal Superior Eleitoral, que garantiu minutos preciosos do seu tempo no horário eleitoral gratuito para o seu adversário. Engler apostou na fórmula que o elegeu deputado e Nikolas Ferreira. No último debate, ele foi repreendido por não ter se preparado e de não ter aceitado qualquer tipo de orientação do comando da campanha e de Roberto Hilton. Mas a sua derrota já estava desenhada, como mostrou a última pesquisa Quaest, antes mesmo do último debate.
Do outro lado, Noman seguia à risca todo direcionamento feito a ele pelo publicitário Paulo Vasconcelos. Desde a explicação do uso do suspensório, das obras feitas na cidade e na polêmica gerada em torno de um livro escrito por ele. Em outros tempos, Noman teria replicado dizendo que Engler faltou na aula de interpretação, assim como havia se ausentado da Assembleia Legislativa. Mas usou a sabedoria do seu marketeiro e não entrou na polêmica.
Agora derrotado, Bruno Engler analistas políticos avaliam que isso de deve ao uso do radicalismo como a sua única bandeira para apresentar ao eleitor.