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Olavo Machado Jr espera que PT faça oposição construtiva, diferente da que fez no passado

Paulo César de Oliveira
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A ameaça da ex-presidente Dilma Rousseff de que o PT fará uma oposição ferrenha ao governo Temer, é exatamente o papel que o partido sabe fazer de melhor, na avaliação do presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr (foto). Destituídos da presidência da República, o natural agora, segundo ele, é que eles fiquem na oposição, desde que seja uma oposição construtiva, coisa que para Olavo Machado, eles não fizeram no passado. “Tomara que eles tenham tomado juízo e nos ajudem a fazer um país melhor a partir de agora”. Machado avisa que o presidente Michel Temer não será o salvador da pátria e que caberá aos líderes de classe ajudar a reconstruir as condições de mercado para que o país retome o seu rumo.

 

Frustração

A decisão do COPOM, anunciada ontem, de manutenção da meta para a taxa Selic em 14,25% ao ano, frustrou as expectativas e vai na contramão de outros dados que estimulam o otimismo para os próximos meses, segundo Olavo Machado.  O líder empresarial disse que a indústria se sente cada dia mais confiante para liderar um novo ciclo de crescimento econômico. Mas para que a recuperação ganhe corpo, é imprescindível que a taxa de juros básica recue no Brasil. Olavo Machado entende que o COPOM tinha a oportunidade de dar início ao tão esperado ciclo de redução da taxa Selic, mas não o fez. “O Banco Central mostra-se insensível às prioridades do setor produtivo, mantendo condições desfavoráveis à retomada do investimento no país. É preciso mudar isso, o quanto antes! ", reclamou.

 

 

Esperança de que as incertezas desapareçam

Os empresários do setor de máquinas e equipamentos tem sido dos mais afetados com a desaceleração da economia. A queda no faturamento do setor chegou a 8,5% de junho para julho, mas atinge 30% na comparação com o mesmo período do ano passado, com um recuo na produção de 17%. Em Minas Gerais a queda na produção neste período foi ainda maior, de 40%, segundo a gerente executiva da ABimaq, Regiane Nascimento. Mas, mesmo otimistas, os empresários do setor não esperam uma recuperação rápida, devido ao alto nível da capacidade ociosa. Algumas empresas estão operando com apenas 30% da capacidade de produção. Regiane diz que a expectativa mais otimista é que os investimentos voltem a acontecer e esse cenário de incertezas desapareça.

 

Tirando as questões políticas do caminho

O presidente executivo da Abimaq, José Velloso, entende que efetivado o afastamento de Dilma Rousseff do governo é preciso, a partir de agora, tirar as questões políticas do caminho, para que o governo possa fazer a sua lição de casa. A Abimaq, segundo ele, apoia integralmente as propostas do governo de cortes de gastos. O combate do ajuste fiscal terá que ser pelo corte de despesas e para Velloso, não há espaço para aumento de impostos. Ele também cobra do governo a queda da taxa de juros, que para o empresário impulsionará a economia.

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