Onde estão os projetos para o Brasil?

Estamos a menos de um ano das eleições para presidente, governadores, deputados federais, estaduais e senadores. Na verdade, em onze meses o Brasil estará voltando as urnas, mas o que se vê até aqui é uma enorme barafunda política, em que não se sabe nem quais partidos estarão na disputa. Uma bagunça que só reforça a ausência de lideranças no país. Na disputa presidencial, por exemplo, as pesquisas indicam a polarização entre dois extremos altamente rejeitado pela população que só lideram a disputa pela incapacidade política de se construir uma candidatura alternativa, a chamada “terceira via”. São onze os nomes colocados, até agora, mas não há nenhum esforço de entendimento para que um deles saia ungido como o candidato para quebrar a polarização entre dois polos de populismo deslavado, nada que se assemelhe a uma disputa entre direita e esquerda como querem fazer parecer. Mas tão preocupante quanto a falta de alternativa, é o nível das campanhas que se desenha. Nenhuma das candidaturas postas até aqui tem qualquer proposta. O governador João Doria (foto) um dos nomes cotados, a meu ver, é o único da lista que tem algo a apresentar pois sua atuação no governo de São Paulo projeta o que pensa para o país. Fora ele, ninguém apresenta ou sinaliza uma alternativa para recuperação econômica do país. Uma economia que, pelas previsões dos especialistas, deverá se degradar ainda mais em 2023, agravando o nível de pobreza da população brasileira. Mas na internet o que se vê é uma repugnante onda de agressões, de mentiras envolvendo não apenas a política e os políticos, mas toda a sociedade. O que se pode esperar então de uma campanha que envolve tanta gente, tantos interesses? (Foto reprodução internet)