Aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados, na madrugada de quarta-feira o Projeto de Lei que estabelece novas regras para funcionamento das empresas estatais dos três níveis de governo (União, estados e municípios), conhecido como Estatuto das Estatais, vem merecendo inúmeras críticas da oposição, de movimentos sociais e centrais sindicais. Como o texto foi alterado, retornará ao Senado para nova análise. Crítico do projeto, o líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (foto), disse que o sentido geral da matéria é fazer um alinhamento das estatais com o mercado, atendendo a uma pressão do próprio mercado. Para ele, é absurda a restrição à participação de dirigentes sindicais ou de pessoas com ligação a partido político nos conselhos das estatais. Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o objetivo da proposta é favorecer a influência do mercado na administração das estatais. “Um dirigente de um banco privado, com experiência, pode integrar o conselho de administração da estatal, mas um ex dirigente sindical não pode?”, questionou.