No governo Lula, quando presidiu a Comissão Especial da Reforma da Previdência, o então deputado federal Roberto Brant (DEM-MG), disse que foram aprovadas medidas importantes como a que igualou a previdência dos servidores públicos ao dos trabalhadores da iniciativa privada. As centrais sindicais não fizeram nenhum movimento contra. Como o governo era do PT, estava tudo bem. Agora, ameaçam fazer protestos contra. Tudo jogo de cena, segundo Brant, que não vê outra saída a não ser a de promover mudanças profundas nas regras atuais. Por outro lado, ele entende que é possível ao governo ceder em um ou outro ponto. Para que isto aconteça, ele acredita que o presidente Michel Temer terá que usar boa parte do seu tempo no trabalho de convencimento dos congressistas. O mesmo trabalho que fez e que garantiu a aprovação do teto dos gastos públicos. Brant (foto) tem colaborado com a equipe de Temer e se reúne pelo menos uma vez por semana com os ministros envolvidos na reforma.