O cenário econômico e político tem favorecido o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), a se firmar como o mais provável vencedor da próxima eleição presidencial, assumindo a posição de candidato da base do governo Michel Temer em 2018. A avaliação é do economista Antônio Delfim Netto (foto), que foi deputado federal por 20 anos, ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento durante governos do regime militar e um dos principais conselheiros econômicos informais do ex-presidente Lula da Silva, papel que exerceu em menor grau também no primeiro mandato de Dilma Rousseff. “A perspectiva para a eleição de 2018 é um pouco diferente da que estamos vivendo hoje. Eu diria que a força da gravidade funciona na direção do Alckmin”, disse Delfim em entrevista á Agência Reuters.
Com melhora da economia candidato de Temer ganhará espaço
Na avaliação de Delfim, que já foi chamado de “czar da economia”, os brasileiros devem chegar às urnas no ano que vem num ambiente econômico mais favorável do que o atual, com recuperação do crescimento econômico e do emprego, o que pode favorecer um candidato da base de Temer. Ao mesmo tempo, segundo o ex-ministro, o governador paulista partiria para a disputa presidencial com capital político. “O PSDB tem controle do estado de São Paulo, da prefeitura de São Paulo”, afirmou o ex-ministro, acrescentando que o governador paulista poderia ter cerca de 60% dos votos de São Paulo na corrida presidencial, carregando ainda Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, o sul de Mato Grosso e um pedaço do sul de Minas Gerais. “De forma que é pouco provável que num segundo turno alguém ganhe do Alckmin”, afirmou.
