As justificativas do governo federal para aumentar os impostos para cobrir o rombo de 30,5 bilhões de reais no orçamento, não têm limite. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse em entrevista ontem (10), que se “a gente precisar pagar um pouquinho mais de imposto para o Brasil ser reconhecido como um país forte, eu tenho certeza que todo mundo está disposto”. Para o ministro, a Standard & Poor’s (S&P) foi precipitada ao rebaixar a nota brasileira Ele acredita que as medidas de ajuste fiscal podem influenciar positivamente e com isso conter o afã de outras agências de risco. Mas não anunciou nenhuma outra medida, a não ser o desejo de aumentar impostos. Ainda assim, Joaquim Levy, reforçou que o governo perseguirá meta de superávit primário de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), em 2016, investida que necessitará do apoio do Congresso. O ajuste ao projeto de Lei Orçamentária deve ser concluído até o final do mês para ser votado no Congresso Nacional. Para o ministro, mais impostos, combinados com mais cortes de gasto, fechará a equação fiscal de 2016. “É uma aritmética”. Após a entrevista de Joaquim Levy, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, criticou o governo: “ a presidente da República não quis perder popularidade para vencer as eleições e nos colocou nessa crise extremamente profunda, que é de responsabilidade exclusiva deste governo”.