Blog do PCO

Para o governo, medidas só terão efeito prático no primeiro trimestre de 2017

Paulo César de Oliveira
COMPARTILHE

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (foto), disse ontem que a queda pela metade da taxa de juros do cartão de crédito deve ocorrer a partir do fim do primeiro trimestre do ano que vem. Após almoço com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Meirelles afirmou que esse prazo é suficiente para que os bancos e as operadoras de cartão se adaptem às medidas anunciadas pelo governo. “O que prevemos é que serão cerca de 90 dias em que as medidas começarão a ser implementadas. E isso já estará em vigor a partir do final do primeiro trimestre. É um prazo viável, sim, na medida em que hoje as condições da economia brasileira já estão bastante diferentes, e o ajuste fiscal está em andamento”, disse o ministro. Meirelles afirmou também que a economia do país dá os primeiros sinais de recuperação e que, a partir do ano que vem, a melhora será ainda mais “visível”. “A situação do Brasil já é, e será outra, de forma ainda mais visível a partir do final do primeiro trimestre. Isso, juntamente com algumas medidas regulatórias de cartão de crédito que tomaremos, como a unificação das máquinas nos pontos de venda, que já foi implementada, e uma série de outras, permitindo que os custos sejam menores.”

 

Medidas de estímulo ao consumo já animam os setores de comércio e serviços

Na intenção de reaquecer a economia, o governo federal anunciou a liberação de saque no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a quitação de dívidas e a redução das taxas de juros nas transações com cartão de crédito. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, acredita que estas ações de estímulos ao consumo irão contribuir, sobretudo, com a retomada do desenvolvimento dos setores de comércio e serviços. Ainda segundo Falci, um dos principais fatores que prejudicaram o desempenho do varejo belo-horizontino ao longo deste ano foi o aumento da inadimplência, Para o presidente da CDL, outro entrave para o comércio da capital – que deve encerrar o ano com uma queda de quase 3%, na comparação com 2016 – são as elevadas taxas de juros.

COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News do PCO

Preencha seus dados e receba nossa news diariamente pelo seu e-mail.