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Para oposição, orçamento mineiro de 2016 é peça de ficção

Paulo César de Oliveira
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Lideranças da oposição ao governador Fernando Pimentel na Assembleia de Minas, entre elas os deputados Gustavo Valadares, Gustavo Correia, Arlen Santiago e Sargento Rodrigues, anunciaram ontem, em entrevista, que não votarão pela aprovação do orçamento estadual para 2016, que consideram uma “peça de ficção” elaborada pelo governo petista. Segundo os parlamentares oposicionistas, Minas deverá ter em 2016 um déficit orçamentário superior a R$ 12 bilhões, enquanto a proposta orçamentária prevê déficit em torno de R$ 8 bilhões. “Eles estão mascarando o quadro financeiro do Estado para tentar apresentar um déficit menor. Para se ter uma ideia de como a peça é apenas uma ficção, o governo está prevendo uma despesa de R$ 41 bilhões com a folha de pessoal em 2016 quando, neste ano, conforme suplementação feita pelo governador em outubro, ela chegará a R$ 42,2 bilhões. Como então ficará menor no ano que vem, quando, conforme acordado com os professores, haverá reajuste salarial da categoria já em janeiro” questiona Gustavo Valadares (foto). Os deputados anunciaram ainda que representaram junto ao Ministério Público Estadual contra o governador Fernando Pimentel e contra os secretários Helvécio Magalhães, do Planejamento: Afonso Bicalho, da Fazenda: João Cruz, da Agricultura e Marco Antônio Teixeira, da Casa Civil, por crime de improbidade administrativa. Os quatro, segundo a oposição, estão recebendo salários superiores ao teto constitucional de R$33,7 mil. O secretário de Planejamento recebeu, em novembro, salários que totalizaram R$ 58 mil.

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