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Partidos têm até o dia 15 para registrar candidaturas ou mudar de rumo

Paulo César de Oliveira
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Após a realização das convenções para escolha dos candidatos que vão disputar a prefeitura de Belo Horizonte, os partidos têm até o dia 15 para registrar as chapas. Até lá, muita coisa ainda pode mudar. O PSDB foi um dos poucos que registrou a chapa encabeçada por João Leite, tendo como vice o vereador Ronaldo Gontijo. Pelo que foi definido nas convenções, o PT vai registrar a chapa encabeçada por Reginaldo Lopes; o PMDB por Rodrigo Pacheco; o PDT, vai defender a candidatura do Sargento Rodrigues; o PSD, tem como candidato Délio Malheiros; o PT do B vai defender Luiz Tibé (foto); o PROS, Eros Biondini; a REDE vai registrar o nome de Paulo Lamac; o PR escolheu o nome de Marcelo Álvaro Antônio; o PHS vai com a candidatura de Alexandre Kalil; o PSOL a professora Maria da Consolação e o PSTU, Vanessa Portugal.

 

Mudanças à vista

Muitos candidatos, no entanto, estão desestimulados devido ao pouco tempo que terão no horário eleitoral gratuito. Sem ter como se apresentar para o eleitor, alguns podem desistir antes do registro da chapa no TRE e aderir a outras candidaturas. Mas são muitos os motivos e os interesses que movem partidos. O certo é que ainda haverá um afunilamento e novas mudanças. Quem iria imaginar, por exemplo, que o prefeito Marcio Lacerda iria desistir da candidatura de Paulo Brant após tê-lo defendido de forma tão contundente, levando, inclusive ao rompimento com o grupo político liderado pelo PSDB? Os próximos dias devem trazer, ainda, fortes emoções.

 

Repercussão muito negativa

A atitude do prefeito Márcio Lacerda, que trocou duas vezes de candidato em menos de vinte e quatro horas, confirmando não ser político, deixou-o muito mal, inclusive pessoalmente. Sua estranha decisão de não procurar diretamente Paulo Brant, a quem estimulou se lançar candidato, para comunicar a mudança de posicionamento do PSB, teve uma péssima repercussão. Para políticos e não políticos, Lacerda foi no mínimo deselegante, enviando emissários à casa de Brant para anunciar que não mais seria ele o candidato. Lacerda preferiu fazer uma composição partidária, inicialmente com o PSDB e, finalmente, com o PSD, após se sentir completamente isolado no processo, sem conseguir formar as alianças que dava como certa. Brant, que mesmo aconselhado a não confiar em Lacerda, aceitara entrar na atividade política, acabou abandonado por seu criador, Marcio Lacerda, ele própria uma criatura. É que Lacerda surgiu na política como um candidato ungido pelos interesses de Aécio Neves, do PSDB, e Fernando Pimentel, do PT, que não queriam se enfrentar na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. Optaram então por lançar Marcio Lacerda, que ocupara cargo no governo Aécio e tinha o charme de ser esquerda, ligado a Dilma e Pimentel. Como gestor, pode-se dizer que Lacerda foi bem, tanto que se reelegeu, mesmo sem apoio da esquerda petista e na companhia de Aécio Neves apenas. Se foi bem como administrador, deu mostras que a política não é o seu forte. Desgarrou-se de seus criadores pensando já ter espaço próprio. Virou catitu fora da manada. E pode cair no papo da onça, como avisa o ditado português. Mas se der certo, vira gênio político. Pode acontecer, mas tem tudo para dar errado. Até porque, nenhum dos lados confia nele politicamente. Talvez até mesmo Délio Malheiros, inicialmente preterido por Lacerda.

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