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PDT não apoia impeachment mesmo que a população seja a favor

Paulo César de Oliveira
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Além de ter divulgado uma nota contra o impeachment da presidente Dilma, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi (foto), disse, em Belo Horizonte, que nem se uma pesquisa indicar que 80% ou até 99% da população quiserem a saída da presidente Dilma, o PDT não vai seguir por esse caminho “porque não podemos nos guiar pela opinião púbica”. A declaração foi para militantes do partido que participaram da convenção que definiu pelo lançamento de candidatura própria à prefeitura de Belo Horizonte no ano que vem e em apoio ao nome do deputado estadual Sargento Rodrigues para a disputa. Para Lupi o processo de impeachment não vai avançar muito e deve “morrer no nascedouro” e em conversa com jornalistas, aproveitou para criticar a posição que o PMDB está tomando em relação ao assunto. “Qualquer que seja o governo o PMDB estará lá. O PMDB é um partido flexível nas suas convicções e ele estará apoiando qualquer que seja o governo”. O que não pode, segundo ele, é que o ódio ao PT seja maior do que o amor ao Brasil.

 

Deputados vão votar de olho nas ruas

O discurso do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, parece bem distante do que pensam os deputados federais do partido. Foi marcada uma reunião para terça-feira para oficializar a posição oficial do PDT contra o impeachment, mas para o presidente do diretório em Minas Gerais, deputado Mário Heringer, apesar dessa manifestação da Executiva Nacional, na hora de votar, vai falar mais alto as convicções pessoais e a pressão do eleitor, ao contrário do discurso de Carlos Lupi. “Não dá para votar contra o eleitor”, resume Mário Heringer. Questionado sobre essa falta de sintonia entre a direção nacional e a bancada, Lupi desconversou e disse que na hora certa o assunto será discutido e que o regimento interno prevê punição para os que vão contra a posição da direção nacional. Mas a punição não deve ser rigorosa. O PDT vem perdendo vários parlamentares para os novos partidos e pode perder ainda mais se decidir impor um posicionamento em bloco em relação ao impeachment. O PDT ganhou o ministério das Comunicações na última reforma ministerial promovida pela presidente Dilma. Antes disso, o PDT tinha se afastado da base governista e assumido uma postura independente.

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