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PF abre mais dois mil inquéritos para apurar crimes eleitorais

Paulo César de Oliveira
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Desde o início dessas eleições, a Polícia Federal já abriu mais de dois mil inquéritos e deteve 435 pessoas. A informação é do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann (foto). Ele se reuniu ontem com integrantes da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que vieram ao Brasil para acompanhar as eleições deste ano. Apesar das ocorrências, o ministro classificou a votação do 1o turno como tranquila, já que, entre 147 milhões de eleitores foram registradas 2,5 mil ocorrências. Jungmann manifestou preocupação com a disseminação de notícias falsas. Segundo ele, o foco da atuação da PF tem sido no que chamou de “fraudes que buscam iludir e passar imagem que o sistema eletrônico de votação não é seguro” e já foi aberta uma centena de inquéritos em relação a esse tipo de desinformação. Quanto às notícias falsas sobre candidatos, Jungmann comentou que a ação da Polícia Federal ocorre a partir da demanda da Justiça Eleitoral, provocada por pessoas e candidaturas. Jugmann alegou secreto de Justiça para se negar a comentar o andamento da investigação solicitada pela Procuradoria-Geral da República para apurar a atuação estruturada de empresas no disparo em massa de mensagens de WhatsApp.

 

Onde o crime manda

Jungmann relatou entre as preocupações manifestadas pelos integrantes da missão da OEA, com quem se reuniu ontem, com a situação do Rio de Janeiro, mais especificamente dos eleitores que vão às urnas em áreas controladas pelo tráfico e por milícias. O ministro reconheceu o problema, mas pontuou que esta é uma condição histórica do país. “A preocupação deles é a nossa. Os direitos e garantias constitucionais são vulneráveis nessas comunidades. Sim, tem problemas. Se o crime controla o território a tendência é tentar controlar o voto. E isso é inaceitável. É problema de segurança que já tem mais de década”, disse. No caso de candidatos com dificuldade de entrar em áreas por conta do crime organizado, o ministro informou que a polícia pode ser acionada para dar suporte.

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