A Polícia Federal indiciou ontem o ex-governador e atual deputado federal Aécio Neves (foto), e outras onze pessoas por corrupção passiva e ativa, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica, por ilegalidades cometidas durante a construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais. A argumentação da PF é a de que o processo de licitação foi dirigido para que um grupo de empreiteiras vencesse a licitação. Há, ainda, indícios de desvio de recursos públicos através de contratações fictícias, cujas prestações de serviços não foram executadas na obra. A investigação apontou que o prejuízo aos cofres públicos foi de quase R$ 747 milhões. A construção da Cidade Administrativa foi orçada em R$ 900 milhões. O Tribunal de Contas do Estado afirma que o custo da obra passou de R$ 1,8 bilhão. O empresário Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da Codemig e responsável pela execução da obra da Cidade Administrativa, não foi indiciado pela PF, porque completou 70 anos e foi beneficiado pela prescrição.