Não sei se na sua época, mas era comum entre as crianças que brigavam, ou brincavam de briga, uma fala simples: “tô de mal, come sal, na panela de mingau”. Lula e Bolsonaro, com certeza, viveram esta época e agora, já crescidinhos, ficam a repetir a velha e monótona toada, numa provocação cujo objetivo óbvio é concentrar neles o debate político brasileiro. A mesma tática, só não enxerga quem não quer, vai sendo usada por Janja (foto/reprodução internet) e Michelli, que vivem espicaçando uma à outra, fechando a porteira para que novos personagens não surjam na surjam na cena política. Usam tática infantil para se manterem em evidência. E nós cuidamos de manter esta briguinha de conveniência, impedindo que surjam nomes e propostas novas para enfrentar os velhos e futuros problemas nacionais. Se não têm propostas melhor que deixem o país em paz. Deixem o país procurar seu caminho sem polarizar em torno do nada. Estamos entrando numa campanha eleitoral para a escolha de mais de cinco mil e quinhentos prefeitos sem que haja uma sombra sequer de um debate político. O que estamos assistindo é o início de uma preocupante discussão religiosa, usada por grupos interessados em radicalizar a política. 2024 será um ensaio de 2026, quando, aí sim, teremos a radicalização em torno do nada que é o que interessa aos que fazem da política, seu ganha pão. Dos que jogam qualquer jogo, desde que lhes permita ganhos pessoais. Já está passando da hora de acordarmos. De romper a polarização patrocinada por alguns para abrirmos a discussão séria sobre o Brasil.