Para tirar Minas Gerais da situação de calamidade financeira, o governador Fernando Pimentel apresentou ontem, no Palácio da Liberdade, dois projetos de lei para atrair para os cofres do estado pelo menos 20 bilhões de reais. Um dos projetos prevê descontos de 1 a 3% para os que pagam os impostos em dia, como ICMS e IPVA, e ainda retirar multas e juros de quem está inadimplente. Os devedores do Estado acumulam uma dívida de R$ 63 bilhões. A outra proposta é a de criação de seis fundos de investimentos, entre eles o fundo imobiliário, que pretende quotizar a Cidade Administrativa e outros 4 mil imóveis em uso no Estado. A expectativa é a de arrecadar 4 bilhões de reais com essas cotas.
Líder diz que Pimentel usa criatividade
Os projetos enviados pelo governador Fernando Pimentel para a Assembleia Legislativa com o objetivo de recuperar as contas do estado, foram considerados pelo seu líder na Casa, deputado Durval Ângelo (foto) (PT), como criativos. Para o parlamentar, diante da situação econômica do país, o governo está usando a criatividade para captar recursos e poder investir. Durval Ângelo disse que o governo está colocando os ativos que o Estado tem a serviço da geração de renda.
Oposição critica
A decisão do governador Fernando Pimentel de quotizar a Cidade Administrativa, obra realizada no governo do PSDB, foi recebida com crítica pelos parlamentares que fazem oposição ao governo petista. Para os deputados, o projeto da criação dos Fundos é uma manobra do governador para vender todos os imóveis que o Estado possui.