Alguns não acreditaram que o governador Fernando Pimentel (PT) fosse mesmo desativar a Cidade Administrativa, construída pelo PSDB, como anunciou logo no início de seu governo. Mas é o que parece que o governador petista pretende fazer. A começar pelo Edifício Tiradentes, onde despacha o vice-governador Antônio Andrade, e o secretário de Governo, Odair Cunha. A decisão de desativar o edifício foi comunicada ontem, em nota divulgada pela assessoria de imprensa. Os funcionários que trabalham no prédio estão sendo transferidos para os edifícios Minas e Gerais. “As mudanças em curso envolvem cerca de 150 servidores das Secretarias de Estado de Governo (SEGOV), de Casa Civil e de Relações Institucionais (SECCRI) e da Secretaria Geral de Governo (SGG)”. O objetivo, segundo o governo é o de reduzir em cerca de 40% os gastos com insumos diversos, manutenção rotineira e com o consumo de água e energia elétrica. O Edifício Tiradentes gera uma despesa anual de cerca de R$ 5 milhões. A Cidade Administrativa é avaliada em R$ 2 bilhões. Para alguns analistas políticos, a decisão do governador foi uma resposta ao seu vice, tido como o responsável por organizar o encontro dos prefeitos ontem na Cidade Administrativa, com o objetivo de pressioná-lo e criar um fato político contra a sua administração. Pimentel (foto) não despacha do edifício Tiradentes. Desde o início de seu governo, ele decidiu por trabalhar no Palácio da Liberdade, bem longe da Linha Verde, onde foi construído o complexo administrativo.