Governador Fernando Pimentel (foto) pretende apresentar, nesta semana, os principais pontos da reforma administrativa para os líderes da base governista. Mas os deputados não parecem muito interessados em ouvir as propostas do governo, por entenderem que esse encontro deveria ter acontecido antes do anúncio dos cortes no orçamento de dois bilhões de reais. Irritados, alguns parlamentares prometem dar o troco a altura, na hora de analisar as propostas que serão enviadas à Assembleia Legislativa.
Reclamações
Nos últimos dias alguns deputados estaduais da base de sustentação do governo, incluindo o bloco independente, liderado pelo deputado Agostinho Patrus Filho, têm aumentado o tom das críticas ao governo. Além de serem desprezados pelo governo, como na apresentação dos cortes orçamentários, os deputados reclamam que não são atendidos pelos secretários. Na última semana alguns auxiliares do governador tentaram conversar com os parlamentares mas eles se negaram, por entender que esses interlocutores do governo não tinham poder de decisão. A partir de agora, os deputados só querem conversar com quem tem o poder de decisão. Alguns chegam a dizer que sentem falta do ex-secretário de Governo, Danilo de Castro que, segundo eles, às vezes até demorava a atendê-los, mas quando atendia, resolvia todas as pendências.
Reorganização
A reforma na estrutura do estado, chamada pelo líder do governador na Assembleia Legislativa, Durval Ângelo (PT), de reorganização, prevê a extinção de cargos, fusão de órgãos e outras medidas para diminuir o custo e o tamanho do Estado. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico será extinta e suas funções serão transferidas para a secretaria de Obras Públicas e Codemig. O DER e o Departamento de Obras Públicas devem acabar e todas as operações desses dois órgãos devem ficar centralizadas na Secretaria de Obras Públicas. Haverá uma série de alterações de competências entre as secretarias, cargos serão extintos e servidores concursados serão remanejados. Entre os partidos da base a pergunta é qual espaço eles vão perder e qual será o tamanho do PT no governo.
